Aprendemos desde crianças que não
podemos excluir aquele que de nós se difere, seja na cor, na crença, na etnia
etc. O fato de alguém ser diferente de nós não significa que este seja inferior
naquilo que estabelecemos como padrão. A beleza do masculino e feminino está
na desigualdade que atrai o seu oposto, não no sentido de torná-lo inferior por
aquele que julga ser o sexo forte. Melhor será se, dentro de nossos
relacionamentos, as pessoas se comportassem como aprendizes daquilo que o outro
tem a contribuir e que se percebe não ser próprio da sua natureza.
Homem e mulher são diferentes. As
diferenças vão muito além do aspecto anatômico. Algumas características são
muito próprias da personalidade masculina, percebidas facilmente no dia a dia
das relações, na maneira de pensar, de agir e reagir. Trazemos prioridades
distintas, temos identidades próprias. Para os homens a importância das coisas
está no cumprimento de uma tarefa. Se há algo a ser feito, mentalmente ele
projeta o tempo estimado para realizar o trabalho, enquanto a mulher, além de
considerar o trabalho a ser executado, também considera os efeitos gerados por
aquela ação.
Na mudança de uma mobília, por exemplo,
elas querem que, além do espaço obtido, haja também a harmônia dos objetos. Se
for preciso levar o filho ao dentista, o pai foca na ação de levar a criança ao
consultório, enquanto a mãe está preocupada nas sensações que essa visita ao
profissional pode gerar no(a) filho (a) – seus medos, inseguranças – e procura
assim confortá-lo (a) tanto na ida quanto na volta da sua consulta, querendo
saber da criança como foi a experiência.
A sensação comum é de que a mulher tem
uma visão periférica tão eficaz capaz de “enxergar” até mesmo os sentimentos. Sem mencionar aqui
a sua capacidade de trazer à memoria acontecimentos de anos atrás. Dessa forma,
dentro das diferenças entre o masculino e feminino não podemos estabelecer um
padrão, assumindo aquilo que somos como o modelo da perfeição. Tampouco cabe ao
outro lutar para conquistar uma posição de igualdade para algo de que, na sua
essência, não foi constituído.
Veja o vídeo: Homens
e mulheres são iguais? (por Emmir
Nogueira)
Ninguém gostaria de se relacionar com
uma mulher que pensa e age como se fosse um homem. A feminilidade, a suavidade
nos toques, a sensibilidade delas é aquilo que um homem espera. Da mesma
maneira, a mulher espera do homem atitudes que se traduzam em segurança,
conforto, força, energia. Imaginemos a decepção de uma esposa que, ao ver
uma barata, chama o marido e este, ao invés de matar o inseto, subisse também
na cadeira e ambos começassem a gritar?
Lançando mão da nossa capacidade de
aprendizado podemos aproveitar a convivência com o sexo oposto e aprender a
olhar o mundo não somente com os próprios olhos, mas com os olhos da outra
pessoa. Da mesma maneira, podemos aprender a considerar importante aquilo que
para o outro é sua riqueza. Talvez seja necessário aprender a rir e a chorar
com os nossos, a abraçar e nos permitir ser abraçados… E em outras ocasiões,
deixar de competir entre nós.
Que em nosso mundo particular ninguém
precise lutar com as discriminações ou estereótipos pregados pelo universo
exterior; tampouco se percam o respeito e o amor que se complementam, entre
homem e mulher,dentro da relação.
Um abraço!
Dado Moura (dadomoura.com)
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