Na etapa seguinte, eles fizeram uma série de aplicações de um feixe de laser de baixa intensidade nos dentes que perderam massa. O resultado foi animador: depois de 12 semanas, o laser conseguiu estimular o crescimento de dentina, uma camada rígida que fica na parte interna do dente, logo abaixo do esmalte dentário.

O que o laser fez, basicamente, foi acionar células-tronco para estas se diferenciarem como células da dentina. Esta não é uma ideia aleatória: os pesquisadores se basearam na premissa de que o organismo é capaz de reagir a determinados estímulos luminosos para ativar mecanismos de regeneração.
Inclusive, experiências semelhantes já haviam sido executadas com sucesso em tecido dentário manipulado em laboratório. Só agora é que a ciência obteve êxito no uso da técnica em um ser vivo.
Os pesquisadores só não conseguiram fazer (ainda) com que o esmalte, a camada mais externa, cresça. De qualquer forma, o estimulo ao crescimento da dentina já poderia ajudar na criação de tratamentos de canal mais eficazes e menos sofríveis, por exemplo.
O próximo passo é fazer experiências envolvendo dentes humanos. Como estes são maiores, os cientistas acreditam que será possível alcançar resultados ainda mais animadores – eventualmente, até mesmo com crescimento do esmalte.
Até que este dia chegue, cuidar bem dos dentes continua sendo a melhor maneira de evitar um aterrorizante tratamento odontológico. E depois também: quando esta tecnologia finalmente estiver disponível, pode apostar que de barato ela não terá nada.
Com informações: BBC
Nenhum comentário:
Postar um comentário