domingo, 8 de junho de 2014

Pentecostes

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Ano Igreja Católica Igreja Ortodoxa
2002 19 de Maio 23 de Junho
2003 8 de Junho 15 de Junho
2004 30 de Maio
2005 15 de Maio 19 de Junho
2006 4 de Junho 11 de Junho
2007 27 de Maio
2008 11 de Maio 15 de Junho
2009 31 de Maio 7 de Junho
2010 23 de Maio
2011 14 de Junho
2012 27 de Maio 3 de Junho
2013 19 de Maio 23 de Junho
2014 8 de Junho
2015 24 de Maio 31 de Maio
2016 15 de Maio 19 de Junho
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2018 20 de Maio 27 de Maio
2019 9 de Junho 16 de Junho
2020 31 de Maio 7 de Junho
Pentecostes (em grego antigo: πεντηκοστή [ἡμέρα], pentekostē [hēmera], "o quinquagésimo dia") é uma das celebraçőes importantes do calendário cristão, e comemora, segundo esta crença, a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo. O Pentecostes é celebrado 50 dias depois do domingo de Páscoa. O dia de Pentecostes ocorre no sétimo dia depois do dia da Ascensão de Jesus. Isto porque ele ficou quarenta dias após a ressurreição dando os últimos ensinamentos a seus discípulos, somando aos três dias em que ficou na sepultura somam quarenta e três dias, para os cinquenta dias que se completam da Páscoa até o último dia da grande festa de Pentecostes, sobram sete dias; e foram estes os dias em que os discípulos permaneceram no cenáculo até a descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes.
Pentecostes é histórica e simbolicamente ligado ao festival judaico da colheita, que comemora a entrega dos Dez Mandamentos no Monte Sinai cinquenta dias depois do Êxodo. Para os cristāos, o Pentecostes celebra a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos e seguidores de Cristo, através do dom de línguas, como descrito no Novo Testamento, durante aquela celebração judaica do quinquagésimo dia em Jerusalém. Por esta razão o dia de Pentecostes é, às vezes, considerado o dia do nascimento da igreja. O movimento pentecostal tem seu nome derivado desse evento.

Religião Mosaica

O Pentecostes é o nome de uma festa do antigo calendário bíblico, (Ex 23.14-17; 34.18-23). Originalmente, essa festa é referida com vários nomes:
    • Festa da Colheita ou Sega - no hebraico hag haqasir. Por se tratar de uma colheita de grãos, trigo e cevada, essa festa ganhou esse nome.(Ex 23.16).
    • Festa das Semanas - no hebraico, hag xabu´ot. A razão desse nome está no período de tempo entre a Páscoa e esta festa, que é de sete semanas. Esta festa acontece cinquenta dias depois da Páscoa, com a colheita da cevada; o encerramento acontece com a colheita do trigo (Ex 34.22; Nm 28.26; Dt 16.10).
    • Dia das Primícias dos Frutos - no hebraico yom habikurim. Este nome tem sua razão de ser na entrega de uma oferta voluntária, a Deus, dos primeiros frutos da terra colhidos naquela sega (Nm 28.26). Provavelmente, a oferta das primícias acontecia em cada uma das três tradicionais festas do antigo calendário bíblico. Na primeira, Páscoa, entregava-se uma ovelha nascida naquele ano; na segunda, Colheita ou Semanas, entregava-se uma porção dos primeiros grãos colhidos; e, finalmente, na terceira festa, Tabernáculos ou Cabanas, o povo oferecia os primeiros frutos da colheita de frutas, como uva, tâmara e figo, especialmente.
    • Festa de Pentecostes. As razões deste novo nome são várias: (a) nos últimos trezentos anos do período do Antigo Testamento, os gregos assumiram o controle do mundo, impondo sua língua, que se tornou muito popular entre os judeus. Os nomes hebraicos - hag haqasir e hag xabu´ot - perderam as suas atualidades e foram substituídos pela denominação Pentecostes, cujo significado é cinquenta dias depois (da Páscoa). Como o Império Grego passou a ter hegemonia em 331 a.C., é provável que o nome Pentecostes tenha ganhado popularidade a partir desse período.

Da cerimônia


Miniatura de 1200 d.C.
Enquanto a Páscoa era uma festa caseira, Colheita ou Semanas ou Pentecostes era uma celebração agrícola, originalmente, realizada na roça, no lugar onde se cultivava o trigo e a cevada, entre outros produtos agrícolas. Posteriormente, essa celebração foi levada para os lugares de culto, particularmente, o Templo de Jerusalém. Os muitos relatos bíblicos não revelam, com clareza, a ordem do culto, mas é possível levantar alguns passos dessa liturgia:
    • a cerimônia começava quando a foice era lançada contra as espigas (Dt 16.9). É bom lembrar que deveria ser respeitada a recomendação do direito de respigar dos pobres e estrangeiros (Lv 23.22; Dt 16.11);
    • a cerimônia prosseguia com a peregrinação para o local de culto (Ex 23.17);
    • o terceiro momento da festa era a reunião de todo o povo trabalhador com suas famílias, amigos e os estrangeiros (Dt 16.11). Essa cerimônia era chamada de "Santa Convocação" (Lv 23.21). Ninguém poderia trabalhar durante aqueles dias, pois eram considerados um período de solene alegria e ação de graças pela proteção e cuidado de Deus (Lv 23.21);
    • no local da cerimônia, o feixe de trigo ou cevada era apresentado como oferta a Deus, o Doador da terra e a Fonte de todo bem (Lv 23.11).
    • Os celebrantes alimentavam-se de parte das ofertas trazidas pelos agricultores;
    • As sete semanas de festa incluíam outros objetivos, além da ação de graças pelos dons da terra: reforçar a memória da libertação da escravidão no Egito e o cuidado com a obediência aos estatutos divinos (Dt 16.12).
Observação: Era ilegal usufruir da nova produção da roça, antes do cerimonial da Festa das Colheitas (Lv 23.14).
Características da celebração
    • A Festa das Colheitas era alegre e solene (Dt 16.11);
    • A celebração era dedicada exclusivamente a Javé (Dt 16.10);
    • Era uma festa ecumênica, aberta para todos os produtores e seus familiares, os pobres, os levitas e os estrangeiros (Dt 16.11). Enfim, todo o povo apresentava-se diante de Deus. Reconhecia-se e afirmava-se o compromisso de fraternidade e a responsabilidade de promover os laços comunitários, além do povo hebreu;
    • Agradecia a Deus pelo dom da terra e pelos estatutos divinos (Dt 15.12);
    • Era uma "Santa Convocação". Ninguém trabalhava (Lv 23.21);
    • Era celebrado o ciclo da vida, reconhecendo que a Palavra de Deus estava na origem da vida " da semente " da árvore " do fruto " do alimento " da vida...

Pentecostalismo

Pentecostes é o símbolo do Cenáculo, onde os Apóstolos se reuniram, pela primeira vez, à espera do Espírito Santo. O Cenáculo, a partir, deste momento passa a ser considerado um símbolo de sacralidade na ótica cristã, até então era considerado pelos judeus apenas um lugar de reuniões. Atualmente o 50.º dia após a Páscoa é considerado pelos cristãos o dia de Pentecostes. Pentecostes na religião cristã é a descida do Espírito santo (Espírito de deus) sobre os apóstolos. Tal experiência é chamada de batismo no Espírito Santo. Existem movimentos em toda a história do cristianismo, sendo enfatizado, especialmente, em meados do século XX com o surgimento das primeiras Igrejas Pentecostais, as quais enfatizam ter os dons do Espírito, e também pelos membros da Renovação Carismática Católica (RCC) que, seguindo a doutrina e as diretrizes de sua Igreja, fazem o mesmo.

Bibliografia

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