Não
existe fórmula mágica para escrever bem: muita leitura e dedicação são
indispensáveis
Escrever
bem é um grande desafio para a maioria dos estudantes. Nem sempre é fácil
construir bons textos que sejam capazes de estabelecer a comunicação entre
escritor e leitor de maneira eficiente e livre de mal entendidos.
Não
existe uma fórmula mágica que faça de você um escritor habilidoso da noite para
o dia. Certamente você já ouviu falar que, para escrever bem, é essencial ser,
antes de tudo, um bom leitor. Quem lê mais amplia horizontes, conhece novas
possibilidades de escrita, fica por dentro de tipologias e gêneros textuais e assim vai criando
um bom repertório, fatores que auxiliarão na hora de organizar as palavras no
papel.
Para
ajudá-lo(a) a escrever melhor, o Alunos Online preparou algumas dicas de
redação que podem ser valiosas para quem está se preparando para a redação do
Enem e demais processos seletivos. Listamos aqui os 5 erros mais comuns nas
redações de vestibulares, tropeços que podem ser, com um pouco de paciência e
dedicação, resolvidos. Para você acertar o passo, é bom ficar atento aos
próprios erros e, acima de tudo, corrigi-los. Bons estudos!
Uma boa redação deve ser objetiva, coerente e coesa. Além disso, deve apresentar argumentos bem construídos
1
– Emprego de gírias: a língua
portuguesa é um universo infindável de possibilidades. Como somos falantes
habilidosos, conseguimos, na maioria das vezes, definir o momento certo de
utilizar cada um dos níveis de linguagem, transitando com naturalidade entre o
coloquialismo e a língua padrão. Uma redação de vestibular exige que o candidato
opte pela linguagem padrão, sendo assim, gírias e expressões empregadas em
situações informais da comunicação não são bem-vindas. “Né”, “daí”, “tipo
assim”, “tá ligado” e “cara” são registros da oralidade facilmente encontrados
nas redações de vestibulares, fato que se configura como um caso de não
adequação à norma culta.
2
– Excessos e rebuscamento linguístico: Enquanto muitos utilizam gírias
indiscriminadamente, outros caem na armadilha do rebuscamento linguístico. É
claro que ter um bom vocabulário é essencial no momento da escrita, mas isso
não significa que você deva utilizar arcaísmos (termos obsoletos). Muitos
candidatos, na tentativa de impressionar os corretores, optam pelo rebuscamento
linguístico e até mesmo empregam vocábulos ou termos sobre os quais não têm
domínio. Busque o equilíbrio, opte por construções simples e por um vocabulário
acessível.
3
- Períodos longos: Escrever
um texto coeso é um desafio e tanto! Saber usar corretamente os mecanismos de coesão textual exige um bom conhecimento
sobre elementos como a referenciação e a sequenciação. Para evitar ambiguidades
e não deixar seu leitor perdido, evite períodos longos, prefira frases curtas,
pontuando-as frequentemente.
4
– Generalizações e senso comum: O uso de generalizações e o senso comum
infelizmente são frequentes nas redações de vestibulares. Esses “recursos” são
responsáveis pelo esvaziamento do texto, evidenciando assim a pouca capacidade
de argumentação de quem o escreveu. Não permita que sua redação seja apenas
mais uma entre tantas outras: evite, ou seja cuidadoso, com palavras ou
expressões como “único”, “sempre”, “todos”, “jamais”, “maioria”, “minoria”, “eu
acho que”, “na minha opinião”, entre outras que fomentam generalizações
indevidas.
5
– Uso inadequado das conjunções: Cada conjunção possui um significado, por isso
não vale utilizá-las de maneira aleatória, apenas para fingir saber
empregá-las. É fundamental que você conheça o sentido de cada uma delas. Se
você tem como intenção reafirmar o que foi anteriormente expresso em sua
redação, não utilize, por exemplo, a conjunção adversativa “contudo” (erro
frequente nas redações de concursos e vestibulares), opte por conjunções
conclusivas como “portanto”, “logo”, “desse modo”, “por conseguinte” ou
“assim”.
Por Luana Castro Alves Perez
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