sábado, 21 de fevereiro de 2015
CF - Campanha da Fraternidade - Sua história
A Campanha da Fraternidade é
uma campanha realizada anualmente pela Igreja Católica Apostólica
Romana no Brasil, sempre no período da Quaresma. Seu objetivo é
despertar a solidariedade dos seus fiéis e da sociedade em relação a um
problema concreto que envolve a sociedade brasileira, buscando caminhos
de solução. A cada ano é escolhido um tema, que define a realidade
concreta a ser transformada, e um lema, que explicita em que direção se
busca a transformação. A campanha é coordenada pela Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB).
- Educar para a vida em fraternidade, com base na justiça e no amor, exigências centrais do Evangelho.
- Renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja Católica na evangelização e na promoção humana, tendo em vista uma sociedade justa e solidária.
O gesto concreto se expressa na coleta da solidariedade, realizada no Domingo de Ramos. É realizada em âmbito nacional, em todas as comunidades cristãs católicas e ecumênicas. A destinação é a seguinte: 45% para a própria paróquia aplicar em programas de promoção humana; 35% para a Diocese aplicar na mesma finalidade; 10% para a CNBB Regional e 10% para a CNBB Nacional.
Objetivos
Para que o objetivo geral seja atingido, são propostos objetivos específicos:
Desenvolver nas pessoas a capacidade de reconhecer a violência na sua realidade pessoal e social, a fim de que possam se sensibilizar e se mobilizar, assumindo sua responsabilidade pessoal no que diz respeito ao problema da violência e à promoção da cultura da paz. Denunciar a gravidade dos crimes contra a ética, a economia e as gestões públicas, assim como a injustiça presente nos institutos da prisão especial, do foro privilegiado e da imunidade parlamentar para crimes comuns. Fortalecer a ação educativa e evangelizadora, objetivando a construção da cultura da paz, a conscientização sobre a negação de direitos como causa da violência e o rompimento com as visões de guerra, as quais erigem a violência como solução para a violência. Denunciar a predominância do modelo punitivo presente no sistema penal brasileiro, expressão de mera vingança, a fim de incorporar ações educativas, penas alternativas e fóruns de mediação de conflitos que visem à superação dos problemas e à aplicação da justiça restaurativa. Favorecer a criação e a articulação de redes sociais populares e de políticas públicas com vistas à superação da violência e de suas causas e à difusão da cultura da paz. Desenvolver ações que visem à superação das causas e dos fatores da insegurança. Despertar o agir solidário para com as vítimas da violência. Apoiar as políticas governamentais valorizadas dos direitos humanos. Realizar uma melhor convivência com as pessoas
História
Em 1961, três padres responsáveis pela Cáritas Brasileira idealizaram uma campanha para arrecadar fundos para as atividades assistenciais e promocionais da instituição e torná-la autônoma financeiramente. A atividade foi chamada Campanha da Fraternidade e realizada pela primeira vez na quaresma de 1962, em Natal no Rio Grande do Norte, com adesão de outras três Dioceses e apoio financeiro dos Bispos norte-americanos. No ano seguinte, 16 Dioceses do Nordeste realizaram a campanha. Não teve êxito financeiro, mas foi o embrião de um projeto anual dos Organismos Nacionais da CNBB e das Igrejas Particulares no Brasil, realizado à luz e na perspectiva das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral (Evangelizadora) da Igreja em nosso País.
Em seu início, teve destacada atuação o Secretariado Nacional de Ação Social da CNBB, sob cuja dependência estava a Cáritas Brasileira, que fora fundada no Brasil em 1957. Na época, o responsável pelo Secretariado de Ação Social era Dom Eugênio de Araújo Sales, e por isso, Presidente da Cáritas Brasileira. O fato de ser Administrador Apostólico de Natal explica que a Campanha tenha iniciado naquela circunscrição eclesiástica e em todo o Rio Grande do Norte.
Este projeto foi lançado, em nível nacional, no dia 26 de dezembro de 1963, sob o impulso renovador do espírito do Concílio Vaticano II, em andamento na época, e realizado pela primeira vez na quaresma de 1964. O tempo do Concílio foi fundamental para a concepção e estruturação da Campanha da Fraternidade, bem como o Plano Pastoral de Emergência e o Plano de Pastoral de Conjunto, enfim, para o desencadeamento da Pastoral Orgânica e outras iniciativas de renovação eclesial. Ao longo de quatro anos seguidos, por um período extenso em cada um, os Bispos ficaram hospedados na mesma casa, em Roma, participando das sessões do Concílio e de diversos momentos de reunião, estudo, troca de experiências. Nesse contexto, nasceu e cresceu a Campanha da Fraternidade.
Em 20 de dezembro de 1964, os Bispos aprovaram o fundamento inicial da mesma intitulado: Campanha da Fraternidade - Pontos Fundamentais apreciados pelo Episcopado em Roma. Em 1965, tanto Cáritas quanto Campanha da Fraternidade, que estavam vinculadas ao Secretariado Nacional de Ação Social, foram vinculadas diretamente ao Secretariado Geral da CNBB. A CNBB passou a assumir a CF. Nesta transição, foi estabelecida a estruturação básica da CF. Em 1967, começou a ser redigido um subsídio maior que os anteriores para a organização anual da CF. Nesse mesmo ano iniciaram também os encontros nacionais das Coordenações Nacional e Regionais da CF. A partir de 1971, participam deles também a Presidência e a Comissão Episcopal de Pastoral.
Em 1970, a CF ganhou um especial e significativo apoio: a mensagem do Papa em rádio e televisão em sua abertura, na quarta-feira de cinzas. A mensagem papal continua enriquecendo a abertura da CF.
De 1963 até hoje, a Campanha da Fraternidade é uma atividade ampla de evangelização desenvolvida num determinado tempo (quaresma), para ajudar os cristãos e as pessoas de boa vontade a viverem a fraternidade em compromissos concretos no processo de transformação da sociedade a partir de um problema específico que exige a participação de todos na sua solução. É grande instrumento para desenvolver o espírito quaresmal de conversão, renovação interior e ação comunitária como a verdadeira penitência que Deus quer de nós em preparação da Páscoa. É momento de conversão, de prática de gestos concretos de fraternidade, de exercício de pastoral de conjunto em prol da transformação de situações injustas e não cristãs. É precioso meio para a evangelização do tempo quaresmal, retomando a pregação dos profetas confirmada por Cristo, segundo a qual a verdadeira penitência que agrada a Deus é repartir o pão com quem tem fome, dar de vestir ao maltrapilho, libertar os oprimidos, promover a todos.
A Campanha da Fraternidade tornou-se especial manifestação de evangelização libertadora, provocando, ao mesmo tempo, a renovação da vida da Igreja e a transformação da sociedade, a partir de problemas específicos, tratados à luz do Projeto de Deus.
- Educar para a vida em fraternidade, com base na justiça e no amor, exigências centrais do Evangelho.
- Renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja Católica na evangelização e na promoção humana, tendo em vista uma sociedade justa e solidária.
O gesto concreto se expressa na coleta da solidariedade, realizada no Domingo de Ramos. É realizada em âmbito nacional, em todas as comunidades cristãs católicas e ecumênicas. A destinação é a seguinte: 45% para a própria paróquia aplicar em programas de promoção humana; 35% para a Diocese aplicar na mesma finalidade; 10% para a CNBB Regional e 10% para a CNBB Nacional.
Objetivos
Para que o objetivo geral seja atingido, são propostos objetivos específicos:
Desenvolver nas pessoas a capacidade de reconhecer a violência na sua realidade pessoal e social, a fim de que possam se sensibilizar e se mobilizar, assumindo sua responsabilidade pessoal no que diz respeito ao problema da violência e à promoção da cultura da paz. Denunciar a gravidade dos crimes contra a ética, a economia e as gestões públicas, assim como a injustiça presente nos institutos da prisão especial, do foro privilegiado e da imunidade parlamentar para crimes comuns. Fortalecer a ação educativa e evangelizadora, objetivando a construção da cultura da paz, a conscientização sobre a negação de direitos como causa da violência e o rompimento com as visões de guerra, as quais erigem a violência como solução para a violência. Denunciar a predominância do modelo punitivo presente no sistema penal brasileiro, expressão de mera vingança, a fim de incorporar ações educativas, penas alternativas e fóruns de mediação de conflitos que visem à superação dos problemas e à aplicação da justiça restaurativa. Favorecer a criação e a articulação de redes sociais populares e de políticas públicas com vistas à superação da violência e de suas causas e à difusão da cultura da paz. Desenvolver ações que visem à superação das causas e dos fatores da insegurança. Despertar o agir solidário para com as vítimas da violência. Apoiar as políticas governamentais valorizadas dos direitos humanos. Realizar uma melhor convivência com as pessoas
História
Em 1961, três padres responsáveis pela Cáritas Brasileira idealizaram uma campanha para arrecadar fundos para as atividades assistenciais e promocionais da instituição e torná-la autônoma financeiramente. A atividade foi chamada Campanha da Fraternidade e realizada pela primeira vez na quaresma de 1962, em Natal no Rio Grande do Norte, com adesão de outras três Dioceses e apoio financeiro dos Bispos norte-americanos. No ano seguinte, 16 Dioceses do Nordeste realizaram a campanha. Não teve êxito financeiro, mas foi o embrião de um projeto anual dos Organismos Nacionais da CNBB e das Igrejas Particulares no Brasil, realizado à luz e na perspectiva das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral (Evangelizadora) da Igreja em nosso País.
Em seu início, teve destacada atuação o Secretariado Nacional de Ação Social da CNBB, sob cuja dependência estava a Cáritas Brasileira, que fora fundada no Brasil em 1957. Na época, o responsável pelo Secretariado de Ação Social era Dom Eugênio de Araújo Sales, e por isso, Presidente da Cáritas Brasileira. O fato de ser Administrador Apostólico de Natal explica que a Campanha tenha iniciado naquela circunscrição eclesiástica e em todo o Rio Grande do Norte.
Este projeto foi lançado, em nível nacional, no dia 26 de dezembro de 1963, sob o impulso renovador do espírito do Concílio Vaticano II, em andamento na época, e realizado pela primeira vez na quaresma de 1964. O tempo do Concílio foi fundamental para a concepção e estruturação da Campanha da Fraternidade, bem como o Plano Pastoral de Emergência e o Plano de Pastoral de Conjunto, enfim, para o desencadeamento da Pastoral Orgânica e outras iniciativas de renovação eclesial. Ao longo de quatro anos seguidos, por um período extenso em cada um, os Bispos ficaram hospedados na mesma casa, em Roma, participando das sessões do Concílio e de diversos momentos de reunião, estudo, troca de experiências. Nesse contexto, nasceu e cresceu a Campanha da Fraternidade.
Em 20 de dezembro de 1964, os Bispos aprovaram o fundamento inicial da mesma intitulado: Campanha da Fraternidade - Pontos Fundamentais apreciados pelo Episcopado em Roma. Em 1965, tanto Cáritas quanto Campanha da Fraternidade, que estavam vinculadas ao Secretariado Nacional de Ação Social, foram vinculadas diretamente ao Secretariado Geral da CNBB. A CNBB passou a assumir a CF. Nesta transição, foi estabelecida a estruturação básica da CF. Em 1967, começou a ser redigido um subsídio maior que os anteriores para a organização anual da CF. Nesse mesmo ano iniciaram também os encontros nacionais das Coordenações Nacional e Regionais da CF. A partir de 1971, participam deles também a Presidência e a Comissão Episcopal de Pastoral.
Em 1970, a CF ganhou um especial e significativo apoio: a mensagem do Papa em rádio e televisão em sua abertura, na quarta-feira de cinzas. A mensagem papal continua enriquecendo a abertura da CF.
De 1963 até hoje, a Campanha da Fraternidade é uma atividade ampla de evangelização desenvolvida num determinado tempo (quaresma), para ajudar os cristãos e as pessoas de boa vontade a viverem a fraternidade em compromissos concretos no processo de transformação da sociedade a partir de um problema específico que exige a participação de todos na sua solução. É grande instrumento para desenvolver o espírito quaresmal de conversão, renovação interior e ação comunitária como a verdadeira penitência que Deus quer de nós em preparação da Páscoa. É momento de conversão, de prática de gestos concretos de fraternidade, de exercício de pastoral de conjunto em prol da transformação de situações injustas e não cristãs. É precioso meio para a evangelização do tempo quaresmal, retomando a pregação dos profetas confirmada por Cristo, segundo a qual a verdadeira penitência que agrada a Deus é repartir o pão com quem tem fome, dar de vestir ao maltrapilho, libertar os oprimidos, promover a todos.
A Campanha da Fraternidade tornou-se especial manifestação de evangelização libertadora, provocando, ao mesmo tempo, a renovação da vida da Igreja e a transformação da sociedade, a partir de problemas específicos, tratados à luz do Projeto de Deus.
Um pouco do histórico das CF´S
Campanha da Fraternidade 1988 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: Ouvi o clamor deste povo Objetivo Geral: Nossa adesão a Jesus Cristo, renovando o compromisso de viver em fraternidade, porque este é o sinal mais autêntico do seguimento do Senhor: “Nisto saberão todos que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo13, 34-35). |
Campanha da Fraternidade 1987 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: Quem acolhe o menor, a mim acolhe Objetivo Geral: Para a recomposição do tecido ético e cultural de nossa sociedade, além de um especial processo de conversão de cada um de nós e das justas reivindicações econômicas, vai ser preciso, a partir das nossas comunidades cristãs, reassumir os compromissos libertadores que integram a fé. Um dos importantes caminhos que se apresentam é buscar a transformação evangélica da pessoa e da sociedade, a partir da questão do Menor, colocando-o, portanto, no centro de nossas comunidades e de nossos projetos. |
Campanha da Fraternidade 1986 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: Terra de Deus, Terra de Irmãos Objetivo Geral: A Campanha da Fraternidade em 1986 convoca-nos para uma ação conjunta de preces, reflexões e mobilização sobre o gravíssimo problema da questão da terra no Brasil a ser solucionado evangelicamente, ou seja, dentro da justiça e da fraternidade. |
Campanha da Fraternidade 1985 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: Pão para quem tem fome Objetivo Geral: Contribuir para motivar a comunidade cristã a assumir sua responsabilidade ante a situação de fome que existe no Brasil. |
Campanha da Fraternidade 1984 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: Para que todos tenham vida Objetivo Geral: Pretende reunir e mobilizar os cristãos e todas as pessoas de boa vontade, em clima fraterno e aberto de campanha, para refletir (e agir) sobre todos os aspectos da vida, na sua unidade espiritual, moral, intelectual, psicológica e física. Quer ser um sinal de esperança para as comunidades cristãs e para todo o povo brasileiro a fim de que dentro de um panorama de sombras e de atentados à vida, sintam a luz de Cristo, que vence o egoísmo, o pecado e a própria morte. |
Campanha da Fraternidade 1983 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: Fraternidade Sim Violência Não Objetivo Geral: Mostras como a fraternidade está necessariamente ligada à vitória sobre a violência. A CF 83 pretende levar a comunidade cristã a refletir sobre a seguinte questão: o que se pode e se deve fazer diante da atual escalada da violência nas suas diversas formas? |
Campanha da Fraternidade 1982 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: A verdade vos libertará Objetivo Geral: Criar condições para a prática de uma educação libertadora, a serviço da construção de uma sociedade fraterna. |
Campanha da Fraternidade 1981 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: Saúde para todos Objetivo Geral: Todo empenho na melhoria das condições de saúde do povo, que se pode traduzir em múltiplas e generosas ações pessoais e comunitárias de pequeno ou grande alcance, deve estar orientado para:
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Campanha da Fraternidade 1980 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: Para onde vais? Objetivo Geral: A intensificação da mobilidade humana em geral e mais particularmente das migrações internas, a existência de imigrantes e mesmo a emigração de brasileiros propõem à Igreja, como primeira atitude, uma mudança de mentalidade em vários níveis: a) consciência mais viva de sua peregrinação na Fé para a Jerusalém Celeste (Heb 13, 14) com as suas conseqüências de desapego e de disponibilidade; b) consciência mais viva de sua “catolicidade”, isto é, da universalidade radical que o Evangelho lhe confere: já não há estrangeiro ou hóspede, nem discriminação de espécie alguma, sob pena de mortificar a própria noção de Igreja e esvaziar o conceito cristão de fraternidade; c) um despertar de sua dimensão missionária que é a essência da “missão” que o Senhor lhe confiou (Mt 28, 19-20); d) uma adaptação das estruturas eclesiais e de sua ação pastoral e social, a fim de que seu serviço seja testemunho e profecia da verdadeira libertação e promoção do homem. |
Campanha da Fraternidade 1979 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: Preserve o que é de todos Objetivo Geral: Basicamente a ecologia conclama todos a uma nova mentalidade. Trata-se de superar o egoísmo, a ganância de possuir mais a qualquer preço. Trata-se de ser escrupulosamente preocupado em preservar e conservar o ar, a água, a flora e a fauna que são elementos necessários ao próximo. Trata-se de readquirir o carinhoso respeito e a contemplativa admiração em face às belezas da natureza. |
Campanha da Fraternidade 1978 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: Trabalho e Justiça para Todos Objetivo Geral: O tema da CF 78 – “Trabalho e justiça para todos” – deverá provocar muitos e salutares gestos concretos. Será a coleta financeira inteligentemente preparada e realizada, será uma nova e permanente atitude de justiça com os outros, será uma corajosa contribuição para a promoção do trabalhador; será um esforço para reanimar a Pastoral do mundo do Trabalho; enfim será aquilo que as condições concretas sugerirem ou exigirem de cada um. |
Campanha da Fraternidade 1977 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: Comece em sua casa Objetivo Geral: Os órgãos competentes da CNBB escolheram como tema da próxima CF o seguinte: “Fraternidade e Família”. Isto quer dizer que a próxima Campanha procurará, por todos os meios, promover os valores da família e curar suas feridas. De maneira especial, será posta em relevo a influência que tem a Família sobre a verdadeira fraternidade entre os homens. |
Campanha da Fraternidade 1976 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: Caminhar juntos Objetivo Geral: Insistir na idéia de comunidade, dizendo sempre de novo e de muitas maneiras que só seremos irmãos, se nos convertermos em comunidades vivas.... O ser humano precisa da comunidade, tende para a comunidade, personaliza-se na comunidade.... Queremos rever as diversas comunidades, que devemos formar e integrar: a Família, a Escola, a Comunidade Civil e Política, a Empresa, a Paróquia, a Comunidade Eclesial de Base.... |
Campanha da Fraternidade 1975 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: Repartir o Pão Objetivo Geral: A fraternidade entre os brasileiros, desde os que convivem na mesma comunidade local, até os distantes, dos quais conhecemos só as carências.; Esta fraternidade deriva do amor a Deus, Pai comum, e do exemplo heróico de Cristo, morto por todos. Trata-se de uma fraternidade afetiva e efetiva, que terá inúmeras formas de expressão, mas que deverá levar a atitudes concretas e sinceras. Fraternidade é repartir. |
Campanha da Fraternidade 1974 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: Onde está teu irmão? Objetivo Geral: A vida é o dom que mais fortemente ambicionamos e mais desesperadamente defendemos, a partir do próprio instinto de sobrevivência. A vida é o dom que mais devemos respeitar e promover em nossos irmãos. Toma-se aqui a vida nos mais diversos níveis e circunstâncias: a vida da graça, a vida moral, a vida da honra, a vida do nascituro, a vida do enfermo e do velho, a vida do pobre e do faminto, a vida vítima de violência e injustiças... É este o dom que devemos construir, e em muitos casos, reconstruir como modernos samaritanos. |
Campanha da Fraternidade 1973 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: O egoísmo escraviza, o amor liberta Objetivo Geral: Uma vez mais a Igreja do Brasil se apresenta para realizar sua anual Campanha da Fraternidade. À luz do Mistério Pascal e no espírito penitencial da Quaresma, a CF quer ser um movimento de evangelização extraordinária e maciça, um privilegiado momento de unidade pastoral em todos os recantos do País. |
Campanha da Fraternidade 1972 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: Descubra a felicidade de servir Objetivo Geral: Motivar fortemente o povo para descobrir, na mentalidade de serviço, a mensagem da fraternidade, como fonte de felicidade. |
Campanha da Fraternidade 1971 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: Reconciliar Objetivo Geral: Como objetivo da Campanha da Fraternidade de 1971, realizar um intenso movimento nacional de promoção humana, visitando a educação de base dos adultos analfabetos, a iniciar pela sua alfabetização. |
Campanha da Fraternidade 1970 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: Ser Cristão é participar Objetivo Geral: Fazer da CF uma pratica extraordinária de PASTORAL DE CONJUNTO nos moldes propostos pelo Plano de Pastoral de Conjunto. |
Campanha da Fraternidade 1969 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: Para o outro o próximo é você! Objetivo Geral: A promoção humana, a evangelização no sentido de explicitação da salvação em ato, a ação ecumênica, o aprofundamento catequético e teológico, a vivencia litúrgica, a unidade visível do Povo de Deus. |
Campanha da Fraternidade 1968 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: Crer com as mãos Objetivo Geral: Conscientizar o maior número possível de pessoas para os ideais da campanha: o político: que compreenda que política é favorecer o Bem Comum o sindicato: que assuma a promoção de sua classe o patrão: que pague com alegria o justo salário a família: que haja dialogo entra pais e filhos a dona de casa: que trate a empregada como pessoa humana o padre: que esteja na vanguarda em proclamar a justiça e participar na busca de soluções o jovem: que descubra suas capacidades, desenvolva e as coloque a serviço da pátria. Todos: que creiam com as mãos. |
Campanha da Fraternidade 1967 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: Somos todos irmãos - somos todos iguais Objetivo Geral: Vamos organizar, em todas as paróquias e dioceses, uma estrutura mais perfeita possível para a campanha da fraternidade, convocando um número, maior de fiéis e estabelecendo bases efetivas para a sua participação. como medida dos esforços, estabeleceu-se a meta financeira: duplicar, no mínimo. a arrecadação do ano anterior. |
Campanha da Fraternidade 1966 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: Objetivo Geral: Reavivar nos fiéis a consciência de que são membros do Povo de deus, co-responsáveis por toda a comunidade da Igreja local, diocesana, nacional e universal, e chamados a servir todos os homens, especialmente os pobres. |
Campanha da Fraternidade 1965 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: Faça da sua paróquia uma comunidade de fé. Culto e Amor Objetivo Geral: A Paróquia deve alimentar nossa fé. E, graças a Deus, alimenta: Pelo anúncio da Palavra de Deus (catequese, pregação, conferências). Pelo testemunho (há cristãos que nos fazem bem pelo esforço de caminhada na fé, na esperança e na caridade; pela aceitação da vontade divina, mesmo em horas terríveis da vida; por uma virtude simples, amável e larga). |
Campanha da Fraternidade 1964 |
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Tema: Campanha da Fraternidade Lema: Lembre-se: você também é Igreja Objetivo Geral: Lembrar todos os fiéis que eles são Igreja (fazer entender de modo prático e definitivo o erro de imaginar que a Igreja são só os Bispos e os Padres. Levar o fiéis a serem responsáveis pelas obras de apostolado e pelas obras sociais mantidas pela Igreja. Tornar conhecido o trabalho apostólico e social da Igreja. Irmanar o mais possível as várias obras de apostolado e as várias obras sociais da Paróquia e da Diocese. Despertar e alimentar interesse pelo Plano de emergência em geral e em particular, pela Pastoral de conjunto. |
Fontes: Site catequisar e CNBB
Mensagem do Papa por ocasião da Campanha da Fraternidade 2015
MENSAGEM
Mensagem do Papa Francisco por ocasião da Campanha da Fraternidade 2015
Rádio Vaticano
Queridos irmãos e irmãs do Brasil!
Aproxima-se a Quaresma, tempo de
preparação para a Páscoa: tempo de penitência, oração e caridade, tempo
de renovar nossas vidas, identificando-nos com Jesus através da sua
entrega generosa aos irmãos, sobretudo aos mais necessitados. Neste ano,
a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, inspirando-se nas palavras
d’Ele “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e
dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10,45), propõe como tema de
sua habitual Campanha “Fraternidade: Igreja e Sociedade”.
De fato a Igreja, enquanto “comunidade
congregada por aqueles que, crendo, voltam o seu olhar a Jesus, autor da
salvação e princípio da unidade” (Const. Dogmática Lumen gentium,
3), não pode ser indiferente às necessidades daqueles que estão ao seu
redor, pois, “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias
dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são
também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos
discípulos de Cristo” (Const. Pastoral Gaudium et spes, 1).
Mas, o que fazer? Durante os quarenta dias em que Deus chama o seu povo à
conversão, a Campanha da Fraternidade quer ajudar a aprofundar, à luz
do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a Sociedade –
propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II – como serviço de
edificação do Reino de Deus, no coração e na vida do povo brasileiro.
A contribuição da Igreja, no respeito
pela laicidade do Estado (cfr. Idem, 76) e sem esquecer a autonomia das
realidades terrenas (cfr. Idem, 36), encontra forma concreta na sua
Doutrina Social, com a qual quer “assumir evangelicamente e a partir da
perspectiva do Reino as tarefas prioritárias que contribuem para a
dignificação do ser humano e a trabalhar junto com os demais cidadãos e
instituições para o bem do ser humano” (Documento de Aparecida, 384).
Isso não é uma tarefa exclusiva das instituições: cada um deve fazer a
sua parte, começando pela minha casa, no meu trabalho, junto das pessoas
com quem me relaciono. E de modo concreto, é preciso ajudar aqueles que
são mais pobres e necessitados. Lembremo-nos que “cada cristão e cada
comunidade são chamados a ser instrumentos de Deus ao serviço da
libertação e promoção dos pobres, para que possam integrar-se plenamente
na sociedade; isto supõe estar docilmente atentos, para ouvir o clamor
do pobre e socorrê-lo” (Exort. Apost. Evangelii gaudium, 187),
sobretudo sabendo acolher, «porque quando somos generosos acolhendo uma
pessoa e partilhamos algo com ela – um pouco de comida, um lugar na
nossa casa, o nosso tempo – não ficamos mais pobres, mas enriquecemos”
(Discurso na Comunidade de Varginha, 25/7/2013). Assim, examinemos a
consciência sobre o compromisso concreto e efetivo de cada um na
construção de uma sociedade mais justa, fraterna e pacífica.
Queridos irmãos e irmãs, quando Jesus nos
diz “Eu vim para servir” (cf. Mc 10, 45), nos ensina aquilo que resume a
identidade do cristão: amar servindo. Por isso, faço votos que o
caminho quaresmal deste ano, à luz das propostas da Campanha da
Fraternidade, predisponha os corações para a vida nova que Cristo nos
oferece, e que a força transformadora que brota da sua Ressurreição
alcance a todos em sua dimensão pessoal, familiar, social e cultural e
fortaleça em cada coração sentimentos de fraternidade e de viva
cooperação. A todos e a cada um, pela intercessão de Nossa Senhora
Aparecida, envio de todo coração a Bênção Apostólica, pedindo que nunca
deixem de rezar por mim.
Vaticano, 2 de fevereiro de 2015.
Canção Nova
Campanha da Fraternidade é lançada no DF com lema 'Eu vim para servir'
Tema foi proposto pelo Papa Francisco para reflexão durante a quaresma.
Mensagem pede combate à pobreza, fim de injustiças sociais e violência.
Secretário-geral da CNBB, dom Leopoldo Steiner (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou nesta quarta-feira (18) a 52ª Campanha da Fraternidade, na sede da entidade, em Brasília. Neste ano, o tema do projeto é "Fraternidade: Igreja e sociedade", e o lema "Eu vim para servir", tema proposto pelo Papa Francisco para as igrejas mundiais para o período da quaresma.
De acordo com o secretário-executivo da campanha, Luiz Carlos Dias, o Papa pede que discípulos vivenciem a quaresma com reflexão, participando de todas as dinâmicas da sociedade e servindo aos outros.
"No teor da mensagem, ele exorta a vivência da quaresma, a apreciação do tema, reflexão, para que dessa forma a igreja possa contribuir especificamente em relação a esse tema na sociedade, tendo em vista a superação da situação de injustiça em busca de uma sociedade justa e fraterna", disse.
Nosso compromisso com a Campanha da Fraternidade é procurarmos, dentro
das nossas limitações, colocarmos em prática o ensinamento de Jesus,
'vim para servir"
Patrus Ananias, ministro do Desenvolvimento Agrário, durante lançamento da Campanha da Fraternidade
O secretário também falou sobre a campanha lançada no ano passado para combater a violência ("Somos pela Paz") e comentou sobre a preocupação com os segmentos mais pobres da sociedade.
Reforma política
O presidente da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, afirmou que a OAB e a CNBB, junto a outras cem entidades da sociedade civil, se uniram para levar o projeto à frente. "A Campanha da Fraternidade traz a necessidade de a Igreja se aproximar da sociedade e contribuir com mudanças importantes, e a população brasileira exige a reforma política, que venha a ampliar a igualdade de participação de todos nas disputas eleitorais", disse.
"Não queremos um sistema político em que o fato de alguns candidatos amealharem mais recursos financeiros ser fator decisivo sobre quem serão os eleitos. Isso está no germe dos grandes desvios de conduta e também de representatividade do sistema eleitoral brasileiro. A OAB e CNBB, junto com outras cem entidades civis, estão aliadas na defesa de reforma política democrática que exclua o poder excessivo do dinheiro em campanha."
Durante o evento, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, falou sobre o papel do Estado na busca de políticas públicas para combate a fome e a pobreza. "Nosso compromisso com a Campanha da Fraternidade é procurarmos, dentro das nossas limitações, colocarmos em prática o ensinamento de Jesus, 'vim para servir", disse.
Ananias falou em buscar 'pontos de convergência' entre a campanha e o desenvolvimento agrário no país. "A aliança é muito clara, a meu ver. A campanha da fraternidade fala em igreja e sociedade, portanto devemos procurar os pontos de convergência entre Estado democrático de direito, que é o Estado laico, mas que também devemos incorporar valores éticos da tradição cristã católica", disse.
O ministro disse ainda que o país ainda vive um modelo ultrapassado na política. "Vivemos num modelo passado, do súdito, vivemos experiências históricas de autoritarismo, mas estamos construindo um novo modelo, da participação popular, onde [as pessoas] exercem definitivamente o seu poder", disse.
FONTE: Portal G1
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