Root - O que é, para que serve e como fazer
Entenda o que é e para que serve habilitar o acesso root ao sistema Android. Veja também uma forma simples de se obter o root facilmente através de um programa para PC.
Os sistemas operacionais modernos, herança de
sistemas Unix da década de 1970, tem níveis de permissões para acessos
controlados, que impedem que pessoas não autorizadas de acesar
documentos de outros usuários, ou mesmo acesso de documentos entre
usuários. Isso também impede que qualquer um modifique ou apague os
arquivos que constituem o sistema operacional (os arquivos do sistema).
O Android é um sistema operacional Linux. Ao menos,
sua base é Linux. Por cima do Linux no Android, temos a Dalvik, uma
espécie de “motor” semelhante em funcionamento ao que temos com o Java
nos desktops. Esse motor, a Dalvik, se encarrega de desenhar a interface
do sistema e dos programas, além de executar o código, repassando ao
sistema Linux as instruções necessárias para a comunicação com o
hardware do dispositivo.
Mas a Dalvik deve respeitar as permissões do sistema
Linux, que também inclui seu próprio sistema de permissões. Isso torna o
sistema Android bastante seguro do ponto de vista técnico. Os casos de
malwares para Android nada mais são do que executáveis escritos para
fazer coisas que o sistema permite por padrão, mas que são usadas para
fins ilegais. É muito simples se livrar da grande maioria de malwares
para Android, bastando desinstalar o aplicativo contaminado.
Simplesmente o malware não faz nada além do que o
Android permite. Dado o uso de malwares por criminosos, o Google,
mantenedora do sistema Android, atualiza seu sistema adaptando
permissões para áreas sensíveis para evitar esses golpes. Ou seja, a
vulnerabilidade só existe porque na construção do sistema Android, não
havia sido pensado na possibilidade de desenvolvedores agirem de má fé.
Usuários do Windows XP e versões seguintes já possuem
experiência e entendimento sobre permissões tanto de arquivos como para
acessos no sistema. É a diferença entre usuários simples ou limitados, e
usuários administradores. Enquanto o usuário simples ou limitado não
consegue instalar programas -dado que fazer uma instalação requer copiar
arquivos do programa para diretórios importantes do sistema
operacional-, justamente por não possuírem credenciais suficientes.
O usuário administrador possui tais credenciais,
conseguindo executar tarefas de instalação, acessar e modificar arquivos
do sistema operacional. Com sistemas *Nix, ou seja, Unix e Linux, o
processo se dá da mesma forma. Há o usuário comum ou limitado, onde só
consegue navegar no seu próprio diretório pessoal e tem a liberdade
total de agir somente lá. E há o usuário com poderes administrativos,
que permite instalar programas, modificar arquivos do sistema e arquivos
de configurações.
O nome desse usuário com total poderes no sistema
Linux chama-se root. É daí que vem o termo “rootar” ou “rootear” para
Android, designando o processo de conseguir credenciais de usuário com
poderes administrativos, ou seja, podendo fazer o que quiser no sistema.
As vantagens e desvantagens de conseguir root no sistema
Um leque de novas possibilidades
A grande dúvida para os usuários que ouvem falar no
tal “root do Android” é entender porque conseguir isso é importante.
Sabe-se que há muitos aplicativos na Google Play, que requerem o root no
sistema tanto para funcionarem, como para funções extras. O fato desses
aplicativos precisarem de root não tem a ver com capricho do
desenvolvedor, ou para “limitar” os usuários que podem ou não usar o
aplicativo.
Como dito acima, a Dalvik responsável por construir a
interface de aplicativos e permitir acessos a certas funções físicas do
aparelho também respeita as permissões Linux, e por questões óbvias de
segurança. Basicamente, a Dalvik gerencia o que um aplicativo pode ou
não fazer, dado as limitações impostas para o funcionamento do sistema.
Em suma, o aplicativo não “conversa” com o Linux, mas
sim com a Dalvik que repassa o necessário ao Linux para ativar alguma
função de algum hardware do aparelho. Mas os aplicativos que necessitam
de root no aparelho possuem funções extendidas que não podem ser
satisfeitas pela máquina Dalvik, de modo que é necessário fazer as
requisições diretamente ao Linux.
Normalmente são comandos simples, como a criação de
um arquivo em um diretório do sistema, ou modificação de uma
configuração padrão do kernel Linux. A vantagem como um todo não é só
fazer uso desses aplicativos. A vantagem está em usar toda a
flexibilidade que é pertinente ao Linux, conseguindo maior controle
sobre o seu dispositivo e seu comportamento. Os aplicativos só são
facilitadores.
Um exemplo que posso citar é o uso de firewall. Isso
mesmo, firewall! É possível ativar o filtro Iptables presente por padrão
no kernel Linux para bloquear ou restringir o uso de interfaces para
aplicativos. No caso do Android, e diferentemente do que ocorre no
desktop, o filtro só faz sentido ao bloquear conexões de saída, quer
seja WiFi, 3G ou rede de telefonia sem fio, usado por aplicativos
maliciosos para envio de SMS para contas premium sem que você saiba.
Existem inúmeros aplicativos destinados a essa função
na loja do Google. No entanto esses aplicativos não fazem a filtragem,
eles apenas criam as regras e executam, cabendo ao próprio recurso no
kernel Linux fazer a filtragem com a ferramenta que já está embutida no
sistema e que usuários de Linux para desktop já conhecem bem.
Com o Android rootado ou rooteado (dos dois jeitos
está certo), você pode mudar aspectos de configurações impostas pelo
fabricante, como aumentar o clock do processador, atribuir um esquema
diferente de gerenciamento de memória, modificar arquivos de
configuração internas que alteram o comportamento do Android, fazer
cópias de segurança de configurações dos aplicativos e restaurá-las
posteriomente são só alguns exemplos.
Mas tudo claro, depende de certos aspectos de
configuração do kernel imposto pelo fabricante. Muitos fabricantes
compilam o kernel excluíndo essas características por, talvez, acharem
desnecessário. A grande vantagem de se ter root, é a possibilidade de
instalar ferramentas que permitam mudar o kernel por um "mais completo"
que o comumente usado no Android e mais próximo ou praticamente o kernel
usado em desktops.
Desvantagem é o descuido!
A desvantagem de se ter o root tem mais a ver com o
usuário descuidado que pode apagar ou modificar coisas que não deve e
simplesmente estragar o sistema, fazendo-o não funcionar direito ou
pior, sequer ligar novamente. Outra possibilidade seriam aplicativos
maliciosos instalarem rootkits ou abrir brechas propositais quando
instalados e executados pelo usuário desatento, quebrando por fim
qualquer segurança do sistema.
Afinal, o aplicativo está com plenos poderes, podendo
fazer tudo que fora programado dentro do sistema. Por esse motivo, o
Android sai de “fábrica” totalmente bloqueado, sem acesso root.
Inclusive alguns fabricantes incluem cláusulas que invalidam a garantia
do aparelho em caso de aplicação do processo root.
Você tem o poder de dar e tirar
Mas nem tudo é inseguro. Cada aplicativo que
requisita acesso root no sistema, é avisado por um aplicativo que faz o
gerenciamento da autorização, perguntando se você deseja ou não executar
determinado aplicativo com poderes administrativos. Assim, nada
acontece sem o consentimento do usuário que está a par e atento aos
aplicativos que executa.
O aplicativo SuperSU, por exemplo, possui um contador
regressivo de 10 segundos. Se após o término da contagem não houver
qualquer escolha por parte do usuário, ele bloqueia o acesso por padrão.
Além disso, toda autorização pode ser revogada quando achar necessário,
ou caso suspeite de uma atualização do aplicativo que possa trazer
algum dano ao sistema. Isso contribui para o sistema mesmo com root, não
ficar vulnerável.
Portanto, ao optar por fazer o root, deve-se ficar
atento sempre aos aplicativos que você permite acesso de root, se são
confiáveis, por que precisam de root (pesquise se o que o aplicativo vai
fazer realmente necessita root), e claro, sempre suspeite primeiro e
confie depois. Principalmente depois de muita pesquisa.
Como fazer o root do aparelho?
Aviso aos navegantes!
Antes de mais nada, os procedimentos citados aqui são
única e exclusivamente de sua responsabilidade, portanto, o
Superdownloads não se responsabiliza por qualquer dano ou prejuízo
derivado dos procedimentos adotados aqui.
Apesar do procedimento não apresentar qualquer risco,
assim como citado mais acima, alguns fabricantes podem invalidar a
garantia do aparelho. Tenha certeza da escolha de proceder levando em
consideração as questões acima.
Ingredientes
Os passos para realizar os procedimentos requer que o
sistema operacional esteja reconhecendo o celular plenamente, ou seja,
com os drivers instalados. Isso é feito quando se instala o software de
gerenciamento incluso junto do aparelho, ou pode ser baixado no site do
fabricante. Cada fabricante tem o seu conjunto de software
correspondente ao aparelho e, por isso, é diferente em cada caso.
Com os drivers devidamente instalados, desative o
antivírus de seu computador antes de prosseguir. De preferência, e para
garantir alguma segurança, desconecte o cabo de rede para o computador
não ficar conectado na internet e desprotegido.
A necessidade de se desabilitar o antivírus é que o
mesmo reconhece alguns exploits presentes no programa para root como
vírus. No entanto, não apresentam qualquer perigo para sistemas Windows e
nem mesmo para distros Linux cuja versão do kernel seja a mais recente.
No aparelho, habilite a depuração USB nas opções para
desenvolvedor. Isso é muito importante para ter êxito na instalação e
habilitação do root. Nas versões 2.0 até 2.3, acesse as configurações do
Android, acesse Aplicativos>Desenvolvimento e depois marque a caixa
Depuração USB. Também por garantia, habilite a opção Fontes
desconhecidas, em Aplicativos.
Em configurações, desconecte o cartão SD em
Armazenamento>Desconectar cartão SD, só por garantia, ou tenha backup
dos dados presentes no cartão em local seguro.
Agora só falta um clique!
No PC, baixe e execute o programa SuperOneClick.
O uso é bem simples. Com o programa aberto, conecte o celular via cabo
USB no PC. Espere o reconhecimento habitual do windows. Desative ou
feche o programa de gerenciamento do fabricante do seu celular.
No programa SuperOneClick, clique no botão Root e
espere o processo terminar. Pode demorar de cinco a dez minutos, e o
celular irá reiniciar. Qualquer aviso durante o processo, basta
concordar em Yes. Se o processo terminar sem o reinício do aparelho,
desconecte o cabo USB, e reinicie manualmente.
Pronto. Entrando na lista de aplicativos do Android,
um ícone de um aplicativo com o mascote do Android com tapa-olho vai
estar lá. É o app Superuser. Esse é o aplicativo responsável por
gerenciar quem tem ou não acesso aos recursos de super-usuário ou root.
Após a instalação do root, a primeira coisa a se
fazer é abrir o aplicativo do Google Play e verificar se o aplicativo de
Superuser possui atualização, Faça se tiver. Depois, abra o aplicativo,
vá em configurações e atualize o binário “su”.
O processo é feito pelo aplicativo, e será pedido
confirmação para o próprio app! Autorize e espere o processo terminar.
Desse momento, seu Android Froyo (versão 2.0 a 2.2) e Gingerbread
(2.3.x) estará rootado.
E para as versões do Android mais recentes?
Bom. a cada nova versão, o Google dificulta o acesso root ao sistema. Além do Google, cada fabricante também possui suas estratégias e cada um tem uma forma diferente de fazer isso. O processo após a versão 4.0, Ice Cream Sandwich e posteriores é, portanto, um pouco mais difícil.
Não possui a facilidade do programa SuperOneClick citado acima. Nesse caso, cabe uma pesquisa no Google de acordo com o aparelho, modelo e sistema para encontrar uma forma de fazê-lo. Um programa que tenta fazer esse trabalho é o UnlockRoot. No entanto, não é para todos os aparelhos que funciona. Caso queira testar, acesse aqui.
NOTA: ESSE SISTEMA DE ROTEAR O SMARTPHONE É PERIGOSO NÃO CONSELHO FAZER, PUBLICO ESSE ASSUNTO POIS É INTERESSANTE MAIS NEM TUDO QUE É INTRESSANTE É PARA SER FEITO. O QUE FIZEREM COM SEUS APARELHOS É POR SUAS CONTAS EM RISCO.
Via superdownloads
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